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CEFET-MG

28/03/2019 | Projeto de Software para Diagnóstico da Dengue, Zika e chikungunya: Informações, Sintomatologia e Epidemiologia Consegue o Certificado de Registro de Programa de Computador

Quinta-feira, 28 de março de 2019

O “Software para diagnóstico da Dengue, Zika e Chikungunya: informações, sintomatologia e epidemiologia”, desenvolvido pelos alunos Douglas Rubim e Gabriel Ferreira e orientado pela Professora Juliana Neves, conseguiu o Certificado de Registro de Programa de Computador (Processo Nº: BR512018052266-1). A ideia do projeto é possibilitar um diagnóstico mais rápido e preciso para que haja agilidade no atendimento dos pacientes com a suspeita das doenças. “O assunto é muito relevante, pois é um caso de epidemia vivenciado em muitas cidades do país. Um caso de saúde pública”, destaca a professora Juliana.

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O tema surgiu em sala de aula quando foi realizado um estudo sobre o número crescente de pessoas contaminadas com dengue. Alguns estudantes do curso de Informática foram desafiados com a possibilidade de criação de um software que fosse capaz de indicar uma probabilidade do indivíduo estar ou não contaminado com a doença. “O passo seguinte foi entrevistar pessoas e profissionais ligados à área da saúde (postos e hospitais). Conseguimos uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Ubá-MG, que nos orientou e disponibilizou informações cruciais para a montagem do banco de dados”, detalha a professora.

O software está em fase de testes, utilizando dados reais. A análise dos dados utiliza técnicas de redes neurais. A professora explica que há uma página inicial de entrada de dados informativos de cada paciente. Na próxima página, estão relacionados alguns principais sintomas. Essas informações foram obtidas por meio de entrevistas com os profissionais da saúde. Depois de respondidas as perguntas, o software trata os dados e como resultado apresenta uma taxa em percentagem de probabilidade de o paciente estar com a dengue. O projeto segue em desenvolvimento para adicionar informações quanto à Zika e a chikungunya.

Segundo a professora, com o software, pretende-se ser mais preciso no diagnóstico, além de evitar a necessidade do kit para averiguar se o paciente é positivo ou não. “Hoje no Sistema Único de Saúde (SUS), gasta-se muito recurso com a a elaboração de kits para confirmar sobre a dengue positiva. Este é um problema que o SUS, em todo o país, tem enfrentado. Muitos pacientes não são classificados com dengue quando às vezes são indivíduos positivos”, explica a professora Juliana.

O trabalho foi um dos finalistas para apresentar na Febrace 2019 (Feira de Brasileira de Ciências e Engenharia). “Posso dizer que me sinto realizada e com a sensação de estar no caminho certo. Feliz por ser a professora desses estudantes que, além do bom desempenho, são muito responsáveis e comprometidos. É resultado de um bom trabalho. Alunos e professores alinhados em um único objetivo, transformação pela educação”, ressalta Juliana.

A Febrace, realizada desde 2003, é um movimento nacional de estímulo ao jovem cientista e tem como papel social de incentivo à criatividade e à reflexão de estudantes da educação básica por meio do desenvolvimento de projetos com fundamento científico.

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