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29/08/2018 | Seletiva Interna para Definir Equipe Participante do Ideas for Milk 2018 – Vacathon

Quarta-feira, 29 de agosto de 2018

O VACATHON 2018 – 2ª MARATONA DE PROGRAMAÇÃO RURAL PARA PRODUÇÃO DE LEITE, é uma competição de programação na qual as equipes irão explorar dados abertos de pesquisas da Embrapa Gado de Leite para desenvolver projetos de software ou hardware. Serão 5 dias de evento, com visita na fazenda, muitas horas de programação e muita diversão. A ideia é conhecer mais sobre temáticas relacionadas à produção de leite e criar soluções inovadoras aplicáveis a área com ajuda de quem entende bem do assunto: pesquisadores e produtores de leite.

As equipes são formadas com 3 a 5 componentes, selecionadas em universidades brasileiras. O evento terá até 20 instituições de ensino superior convidadas/selecionadas a partir da inscrição dos embaixadores. Portanto, vale caprichar na defesa!

Mais informações sobre a estrutura do evento podem ser encontradas em http://www.ideasformilk.com.br/vacathon-2018/conteudo/estrutura-do-evento.

O processo de escolha em cada instituição fica a cargo de um professor, nomeado Embaixador do Vacathon. Sugere-se que as equipes sejam formadas por integrantes que atuem de modo interdisciplinar ou multidisciplinar, sendo altamente desejável que seus conhecimentos sejam complementares e que contemplem áreas da bovinocultura de leite, programação de computadores e/ou dispositivos móveis, User Interface Design (UI Design) e User Experience Design (UX Design) e, ainda, projeto de software/app e/ou de soluções de hardware/software aplicadas, baseadas ou direcionadas a Internet das Coisas (Internet of Things -IoT).

Cada IES participante do Ideas for Milk – VACATHON deverá ter um professor responsável, denominado EMBAIXADOR, que irá efetuar a inscrição da equipe e responderá pela mesma perante a organização do evento.

O Evento

O Ideas for Milk – VACATHON tem como objetivo avaliar propostas de soluções computacionais para problemas específicos da produção de leite em propriedades rurais.

O período de realização do Ideas for Milk – VACATHON será de seis a onze de novembro de 2018, conforme será divulgado no site do evento, em www.ideasformilk.com.br, e sua programação prevê uma etapa de treinamento (bootcamp) e a maratona de programação.

No bootcamp, os participantes receberão treinamento nas instalações da Embrapa Gado de Leite sobre diversos aspectos da atividade de produção de leite em fazendas, cujo conteúdo deverá ser utilizado no desafio imposto pela etapa seguinte, a maratona de programação.

Na maratona de programação, etapa seguinte ao bootcamp, as equipes deverão desenvolver uma solução computacional na forma de aplicativo para dispositivo móvel ou “vestível”, de software web ou, ainda, solução de hardware e/ou software aplicadas, direcionadas ou baseadas em IoT.

Todos as equipes receberão um mesmo conjunto de desafios, bem como dados e recursos adicionais sobre os mesmos. A partir daí, devem escolher um dos desafios para propor e desenvolver a solução ou um protótipo de solução.

Ao final do evento, as soluções computacionais ou seus protótipos desenvolvidos pelos TIMES serão avaliadas de forma comparativa, seguindo os critérios estabelecidos (o próximo tópico apresenta os critérios de 2017).

A avaliação das soluções computacionais propostas ou seus protótipos será feita por uma comissão avaliadora que deverá ser composta por representantes das entidades realizadoras, correalizadoras, patrocinadoras e apoiadoras do Ideas for Milk – VACATHON e dos segmentos constituintes da cadeia produtiva do leite.

Para a avaliação da solução computacional proposta ou seu protótipo, cada equipe deverá apresentar um PITCH presencial de 5 (cinco) minutos para a comissão avaliadora que, ao final, pode utilizar até 10 (dez) minutos adicionais para esclarecimentos de dúvidas por meio de perguntas às equipes.

O término da avaliação de todas as equipes resultará em um ranking organizado em três níveis:

(Ouro) – as 5 (cinco) melhores equipes avaliadas.
(Prata) – as equipes classificadas entre a 6ª e a 10ª colocação.
(Bronze) – as equipes classificadas entre a 11ª e a 20ª colocação.

A avaliação sobre a solução computacional proposta ou seu protótipo e a decisão sobre o ranking ao final da avaliação são únicas e de responsabilidade exclusiva da comissão avaliadora, não cabendo, portanto, qualquer forma de recurso.

 Critérios de Avaliação Adotados em 2017

 A apresentação do PITCH para avaliação da solução proposta deve ter elementos suficientes para que a comissão avaliadora julgue os critérios (1) impacto econômico, (2) visão de futuro, (3) barreiras de entrada e (4) desenvolvimento e execução, como descritos:

  1. o impacto econômico, pode ser entendido como o tamanho do problema a ser resolvido, relacionado com o público-alvo e/ou tamanho do mercado. A avaliação irá variar de 0 (zero), quando o problema for irrelevante e/ou raro, a 4 (quatro), quando a solução proposta tratar de um problema frequente e/ou que deve trazer benefício altamente positivo para um grande público;
  2. a visão de futuro é a expectativa de longo prazo para o produto/proposta. Sua avaliação quer perceber a proposta como um produto sendo lançado, melhorado e expandido e deve variar de 0 (zero), quando não há planos para comercialização ou para o estabelecimento da startup, até 4 (quatro), quando são mostrados planos factíveis de melhorias e expansão do produto, e o estabelecimento ou a existência de uma empresa ou startup com base no projeto;
  3. as barreiras de entrada consistem na dificuldade de implantação e execução da solução proposta. Varia de 0 (zero), quando for muito difícil a criação ou de difícil replicação; quando necessitar de equipamento raro e/ou específico em área ou situação específica etc.; a 4 (quatro), quando for de fácil replicação como, por exemplo, por meio de aplicativos para dispositivos móveis; quando basear-se em tecnologias e/ou recursos difundidos e de fácil acesso etc.;
  4. desenvolvimento e execução da proposta consiste na percepção de como está o projeto no momento do evento. Varia de 0 (zero), quando for apresentada somente a ideia e nada for mostrado em termos de viabilidade ou desenvolvimento de um protótipo, a 4 (quatro), quando for apresentado um protótipo funcional para experimentação ou uso em campo ou, ainda, um produto além do protótipo.

Todos os critérios variam de 0 (zero) a 4 (quatro), sendo que os integrantes das comissões julgadoras poderão atribuir pontuação apenas com valores inteiro ou inteiro e meio, isto é, somente serão permitidas as pontuações 0 (zero), 0,5 (meio), 1 (um), 1,5 (um e meio), 2 (dois), 2,5 (dois e meio), 3 (três), 3,5 (três e meio) ou 4 (quatro).

O resultado da pontuação obtida pela equipe nas três fases será calculado como a média aritmética das médias aritméticas por critério. Isto é:

  1. deve ser calculada a média aritmética de cada um dos quatro critérios, considerando a pontuação determinada pelos integrantes da comissão julgadora;
  2. em seguida, será calculada a média aritmética das quatro médias aritméticas dos critérios.

Caso seja necessário, o procedimento de desempate deve considerar, na ordem apresentada:
(i) a maior média aritmética no critério impacto econômico;
(ii) a maior média aritmética no critério visão de futuro;
(iii) a maior média aritmética no critério desenvolvimento e execução;
(iv) a maior média aritmética no critério barreiras de entrada;
(v) a menor quantidade de notas iguais a 0 (zero) ponto;
(vi) a menor quantidade de notas iguais a 0,5 (meio) ponto;
(vii) a menor quantidade de notas iguais a 1 (um) ponto;
(viii) a menor quantidade de notas iguais a 1,5 (um e meio) ponto;
(ix) a menor quantidade de notas iguais a 2 (dois) pontos;
(x) a menor quantidade de notas iguais a 2,5 (dois e meio) pontos;
(xi) a menor quantidade de notas iguais a 3 (três) pontos;
(xii) a menor quantidade de notas iguais a 3,5 (três e meio) pontos;
(xiii) a menor quantidade de notas iguais a 4 (quatro) pontos.

 Ideias para Soluções Computacionais/Protótipos

 O site do evento lista algumas questões inerentes à cadeia produtiva do leite que podem ser oportunidades para o desenvolvimento de soluções baseadas em software (web e/ou mobile) e em hardware.

Insumos e Serviços Agropecuários

  1. Muitas transações podem ser otimizadas com o compartilhamento de informações entre fornecedores e compradores de insumos.
  2. A busca crescente por automação dos processos e o surgimento de novas máquinas e equipamentos para produtores de diferentes escalas abre um mercado para aplicativos, softwares e hardwares.
  3. Os diversos atores e instituições que compõem a cadeia do leite (fornecedores, produtores rurais, assistência técnica, transportadores de leite, laticínios, laboratórios de análise da qualidade do leite, distribuidores, comércio, governo, consumidores, etc) podem se beneficiar de ferramentas de tecnologias da informação e comunicação (TI) para facilitar a comunicação, as relações e as conexões.

Na Fazenda

  1. Estudos mostram que há tecnologias para aumentar a produtividade dos animais, da mão de obra e da terra no Brasil.
  2. Novas formas de comunicação podem contribuir para levar um conjunto de tecnologias e soluções, disponíveis e ainda não adotadas, até os produtores.
  3. Ações coletivas despontam como forma de reduzir o custo e minimizar o impacto de suas variações.
  4. O produtor pode minimizar as incertezas da atividade por meio de acompanhamento de informações de mercado, meteorológicas e técnicas.
  5. Os produtores precisam anotar diariamente informações zootécnicas, econômicas, de qualidade do leite, etc. Otimizar esse processo é uma demanda clara do segmento.
  6. Muitos produtores ainda buscam a melhor forma de gerar os indicadores a partir dos dados registrados.
  7. O produtor precisa de instrumentos para melhorar a análise das informações para a tomada de decisão.
  8. Muitos diagnósticos e recomendações podem ser feitos a distância, por meio de mecanismos simples como uso de fotografias, mapas e árvores de decisão.
  9. O crescimento das práticas de pecuária de precisão abre um novo cenário para os desenvolvedores de softwares e hardware, pois hoje prevalecem equipamentos importados e pouco integrados entre si.
  10. Os produtores têm interesse em adotar tecnologias que contribuam para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida.
  11. A pesquisa pode se beneficiar do levantamento e da organização de dados de campo para promover avanços tecnológicos.
  12. As mulheres e os filhos têm desempenhado papéis mais importantes na produção, inclusive sob a perspectiva da sucessão familiar. Por outro lado, é sensível a escassez de mão de obra especializada para as atividades no campo.

Logística

  1. Na captação, produtores rurais e indústria têm necessidade de receber as informações do leite entregue.
  2. Melhorias na gestão das informações de transporte e logística contribuem para a otimização da coleta e da distribuição de leite e derivados e para a redução de custos com ineficiências, perdas e desperdícios na cadeia.
  3. É crescente a preocupação com a rastreabilidade dos produtos

Indústria de Laticínios

  1. A indústria tem interesse em adotar soluções aplicáveis ao processo de combate às fraudes.
  2. As exigências de saúde animal e qualidade do leite abrem espaço no mercado para testes e monitoramento.
  3. Os produtos nacionais são capazes de atender toda a demanda do mercado interno. Aos poucos, a indústria laticinista busca aumentar as exportações, o que requer adoção de padrões de qualidade mais rígidos e mais eficiência nos processos.
  4. Treinamentos em novos temas, que utilizam novas plataformas, passam a ser requeridos diante de um cenário complexo, individualista, de mudanças rápidas. Isto vale para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Mercado e Consumidor

  1. Novos nichos de mercado, como os de produtos artesanais, funcionais e específicos para dietas com restrições alimentares, afetam os processos produtivos e requerem novas formas de comunicação.
  2. Cada vez mais, os consumidores exigem mais qualidade e mais informações sobre a origem e o processamento dos produtos.
  3. Em busca de praticidade, os consumidores têm adotado novas formas de fazer compras.
  4. Leite e derivados têm destaque nos programas públicos de aquisição de alimentos.
  5. O leite é a bola da vez nas discussões sobre nutrição e saúde. Isto aumenta o interesse por informações sobre os benefícios de consumir leite e derivados.

Processo de Seleção Interna – CEFET-MG

Na seleção interna as equipes deverão ser compostas por 2 ou 3 membros. O processo de seleção interna se dará em 3 etapas.

Na primeira etapa as equipes deverão propor um produto de acordo com (1) as demandas apresentadas no site do Ideas for Milk, (2) as demandas levantadas no Campo Experimental da Embrapa ou (3) as demandas detectadas por produtores da região. As equipes devem preparar um vídeo de até 5 minutos, apresentando um esboço da proposta esclarecendo, além da parte técnica, os seguintes pontos: (1) impacto econômico, (2) visão de futuro, (3) barreiras de entrada e (4) desenvolvimento e execução. O vídeo deve ser enviado para o e-mail junior@cefetmg.br. Também deve ser encaminhado um documento com até 2 páginas, descrevendo a proposta e indicando os perfis necessários para compor a equipe final. A equipe final terá até 5 membros (formada por equipes participantes). A comissão avaliadora irá eleger as propostas. A primeira etapa não é eliminatória.

Na segunda etapa as equipes deverão apresentar um protótipo ou esboço de um software/app e/ou uma solução de hardware/software aplicada, baseada ou direcionada à Internet das Coisas (Internet of Things -IoT) de acordo com os temas aprovados pela comissão. Nessa etapa as equipes serão mescladas.

Na terceira e última etapa, as equipes apresentarão as propostas para a comissão, no mesmo formato do evento Ideas for Milk.

Também serão avaliados individualmente requisitos como iniciativa, criatividade e dedicação.

Etapas                                                                                                          Datas
Inscrição das equipes                                                                             29/08 a 05/09
Primeira etapa – Envio do Material                                                          16/09
Divulgação dos temas aprovados                                                              20/09
Segunda etapa – Entrega do protótipo/esboço do produto                  12/10
Terceira etapa – Apresentação da proposta                                           15/10
Resultado Final                                                                                            19/10
Inscrição da equipe no evento                                                                   22/10
Comissão avaliadora:

– Prof. Ângelo Rocha de Oliveira
– Prof. Fabiano Pereira Bhering
– Prof. José Geraldo Ribeiro Júnior
– Prof. Lindolpho Oliveira de Araújo Júnior
– Prof. Rodrigo Lacerda Sales
* Outros professores e produtores da região poderão ser convidados pela comissão.

 

José Geraldo Ribeiro Júnior
Diretor adjunto da Unidade Leopoldina – CEFET-MG